Pereira Lima - O Poeta do Milênio
PEREIRA LIMA - O Poeta do Milênio
CREDO ESTÉTICO
- A poesia deve estar preparada para uma língua única, porque a Terra caminha para isso.
- Máximo de poesia num mínimo de palavras. Palavras, versos constituem o papel-moeda,
sendo a essência do poema seu lastro-ouro. Não deve haver inflação na Poesia: muitos
versos ou palavras para pouca essência.
- Poesia universal para qualquer língua, povo, tempo, meio, como suas irmãs música,
arquitetura, pintura, escultura, dança - sentidas por qualquer nacionalidade.
Poesia que ultrapasse a língua natal do poeta. Poesia mais traduzível possível.
- Laconismo vocabular, estilo telegramático. Língua que exija menos de quem
lê e menos de quem escreve.
- Condensar o belo: um verso valer uma estrofe, uma estrofe valer um poema.
Poesia compacta: sem palavras, versos, estrofes dispensáveis.
- Verdadeira poesia conserva-se bela, mesmo na tradução ou sua versão em prosa.
- Palavra: meio, não fim.
- Aproveitar o espaço do texto, usar a página como tela de cinema: dividi-la,
secioná-la para indicar simultaneidade de ação, ideias, diálogos etc.